Blog de Literatura do escritor Menalton Braff, autor de 26 livros e vencedor do Prêmio Jabuti 2000.
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domingo, 18 de março de 2018
FRASE
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terça-feira, 20 de março de 2012
UMA REFLEXÃO SOBRE O GOSTO
![]() |
Immanuel Kant |
![]() |
Aristóteles |
AFINAL, GOSTO SE DISCUTE?
Matheus Arcaro
Para
Immanuel Kant, sim. Tanto é que ele dedicou uma obra inteira para as questões
do gosto, a “Crítica da Faculdade de Julgar”, publicada em 1790. Para o
filósofo supracitado é possível discutir o gosto porque uma discussão é
diferente de uma disputa. Filosoficamente, uma disputa é uma batalha de
argumentos que exigem demonstrações, a fim de que uma ideia prevaleça. Uma
discussão é um processo de lapidação das opiniões, cuja finalidade é chegar a
um acordo entre as partes. Assim, não se disputa sobre o belo, porém pode-se
discuti-lo. Kant afirma ainda que a experiência estética é compartilhável e que
a beleza é
uma ideia universal da razão. Seu conteúdo e sua forma podem variar
segundo circunstâncias históricas e segundo a subjetividade dos artistas, mas o
sentimento de belo, fundamento do juízo de gosto, é universal.
![]() |
Nietshe |
Partindo
das proposições kantianas, ou seja, se o sentimento de beleza é universal e
passível de partilha, por que, atualmente, vivemos uma carência de
esteticidade? Hoje em dia, se perguntássemos a uma pessoa comum o que é um
artista, provavelmente ela elencaria nomes de atores de televisão ou cantores
populares. Escritores, pintores e escultores com quase toda certeza não seriam
citados. Para este indivíduo, diferentemente da concepção Romântica, o artista
não é o gênio criador, inspirado divinamente; é alguém que realiza
performances. Por que esta percepção? Na contemporaneidade, a sociedade do
espetáculo está intrinsecamente ligada à Indústria Cultural. Com a necessidade
de fazer girar o capital, a indústria da cultura, de maneiras diversas,
distorce o conceito de beleza porque sua finalidade é atingir um número grande
de pessoas. "Onde as massas têm o poder de decidir, a autenticidade se
torna supérflua, nociva e prejudicial", sentenciou Nietzsche. Sobre este
ponto, a literatura é ilustrativa: por que livros, digamos, “palatáveis”
(autoajuda, por exemplo) vendem muito mais do que livros complexos e bem
escritos? Uma das respostas possíveis: a literatura genuína faz o leitor
tropeçar.
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