sábado, 23 de junho de 2012

PARÁBOLA DO CÁGADO VELHO (18)

TUDO OUTRA VEZ?

Pág. 97 - "Depois houve de novo um período com o vazio da rotina. Meses ou anos. Quem sabe, quem os media? "
"E mujimbos contraditórios começaram a chegar"
"Mas também vinham outros a referir encontros com soldados ali perto."
"E o que temiam um dia aconteceu. Homens de verde e arma na mão desceram a encosta ocidental, com todos os cuidados da desconfiança. Revistaram os quatro kimbos do vale, não encontraram inimigos, nem uma pistola, reuniram a população, falaram eram amigos, os nossos, queriam apenas comida e saber se não tinham visto movimentações de outros soldados, o inimigo..."

(...)
Pág. 100 - "Mande mudou para o novo sítio. Mais sete famílias. Ulume ajudou nas mudanças, pois não era fácil pastorear um rebanho de cabras como tinha mande numa distância tão grande."
(...)
"- Não vou deixar ninguém construir ali. É o teu sítio. uando tiveres de vir.
Mas Ulume não se mudaria. Os mujimbos eram contraditórios, porém num ponto coincidiam, tinha de facto acabado a guerra."
(...)
"Com a paz, aumentaram as visitas de soldados. De cada vez tinham de matar uma cabra para alimentar o grupo. E veio um destacamento que quis levar umas galinhas. Pouco a pouco, com tantas visitas, os bichos iam diminuindo nas capoeiras e nos cercados."
"O pior aconteceu quando um civil saltou com uma mina num dos carreiros que passavam pelos morros. Um grupo de soldados acusou o outro de ter posto a mina. Não se entenderam nas culpas. Os tiros voltaram."
Pág. 101 - "Passaram a manhã seguinte a tentar se aquecer ao sol e a estudar aquele estranho silêncio que subia do vale. Outros o faziam, pois começaram a ver corpos se movendo lentamente para baixo, enquanto outros pontos pareciam mexer perto dos kimbos."
Pág. 102
(...)
"(...) O vale tinha se despovoado, pois não foi só para o lago que muitos fugiram, mas para pontos à toa."
(...)
"O mesmo acontecia com Mário Gago e a mulher, que se chegavam à fogueira deles para não ficarem sozinhos num kimbo quase fantasma, cheio de paus enegrecidos e de espíritos injustiçados a rondar."
(...)
Pág. 104 - "Muitas vezes Ulume se interrogava nessas ocasiões, mas sentido tem isto tudo? Sabia ninguém ia responder, o Mário pela sua limitação que o impedia de gr4ande3s explicaçõe4s ou discussões, a mulher muda por estado natural, e a Muari porque há muito deixara de procurar um sentido ao sofrimento."

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