Minhas mulheres
Quando levantei, hoje cedo, tive a impressão de que alguma coisa
havia de diferente na natureza: as plantas brilhavam mais; o ar me pareceu mais
límpido; no céu, umas poucas nuvens brancas, postas ali de enfeite; as pessoas
sorriam; o universo era um hino de amor. Seria difícil de definir o que estava
acontecendo, não fosse hoje o dia 8 de março - o Dia da Mulher: a metade mais
bela do gênero humano. Então deixei lá fora as plantas, que brilham mais, e o
ar, que me pareceu mais límpido, porque eu também me senti melhor e quero
prestar minha homenagem às mulheres, às minhas e às de todo mundo.
Foi uma mulher que me deu o seio, por onde sorvi a vida; foi ela
que, logo depois, me emprestou o ombro, onde busquei muitas vezes consolo. Foi
também uma mulher, se bem que em botão, que me tirou o sono e o apetite, mas
que me fez esperar ansiosamente pelo momento de chegar à escola. Foram muitas
mulheres que me descortinaram o mundo, com seus mistérios, com suas misérias,
com suas equações, definições, com seus concertos e desconcertos, mas sobretudo
com sua humanidade. É ainda hoje uma mulher, que me acompanha, me dá coragem,
me infunde um imenso desejo de continuar a viver, me enlaça, me abraça e me faz
feliz.
Não foi à toa que aquele povo de mercadores tão dado ao pensamento
e à reflexão - o povo grego - sempre considerou a Terra uma mulher - a mãe
terra; e quando se referia aos produtos com que a natureza nos sustenta,
procurava simbolizar isso tudo com deusas, tão mulheres quanto as nossas.
Curvo-me respeitoso, nesta homenagem, ante tanta beleza, graça,
delicadeza, sensibilidade - um nome só: Mulher.
Que linda homenagem Mênalton, sinto-me imensamente feliz por ser mulher e merecer um tiquinho das coisas lindas que você nos imputa. Feliz é a Roseli Braff! (Suspiro)
ResponderExcluirUm beijão a ela.
Mell
Mell, doce Mell, você faz parte da metade mais bela da humanidade. Sinta-se em casa.
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