quarta-feira, 10 de setembro de 2014

CANTIGAS DE AMIGOS

Poema de Vasco Pereira de Oliveira, o premiado poeta de Sertãozinho.

O fim

Quero sim
que o fim seja assim
um átimo sem susto
sem aves voando da árvore
sem fé, orvalho, prece
exumação de cadáver
flores murchas
fumaça de cigarro
um vapt sem vupt
quero sim
que seja assim
sem reticências

assim sem susto
sem tempo de ouvir
o raio no arbusto
que seja assim
de repente, furtivo, minúsculo
que ninguém note
ou anote
assim, à toa,
sem fé, orvalho, prece

ou “Era uma boa pessoa”          

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