
O poema que segue é do poeta ribeirão-pretano
Alfredo Rossetti.
CELULAR
os olhares mudaram
os olhares mudaram
de
direção
-
agora só nas mãos
no ônibus no namoro
no passo
[laço
na atenção]
na atenção]
na vila
olhar na vala
olhar funil
na fila
olhar sem fala
na vida
olhar que perde
da vida
o que arde,
o febril
o celular mudou de rumo
de prosa
o celular mudou de poesia
nenhum olho no olho
nenhum cisco no olho
mudou o motivo
da cabeça baixa
mudou o bom dia o fone de ouvido
acabou o furtivo
e o mundo esqueceu
do mundo
no mundo que já dialogou
com a cortina suspiro
que o gestual uniforme fechou
o homem que não mais pisca
-
agora cisca.
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