quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

CANTIGAS DE AMIGOS


O poema que segue é da minha amiga Rita Elisa Seda


O Poder das Palavras


Palavras lançadas ao vento,
não semeiam o campo dos conselhos.

Palavras sábias cruzam o céu do saber,
iguais pipas em vento brando.

Palavras rudes são jogos de pingue-pongue,
batem e voltam rapidamente.



Palavras acolhedoras tecem,
enorme teia mundial da amizade.

Palavras amargas são intragáveis,
até mesmo com chocolate.

Palavras sérias armam ciladas,
destroem a imaginação.

Palavras precisas são bisturis,
operando uma decisão.

Palavras perdidas são morcegos,
voltam à noite para perturbar.

Palavras domesticadas são mariposas,
casulos refeitos em fios de seda.

Palavras comuns são traiçoeiras,
esbarram na rua da indignação.

Palavras iguais geram polêmicas,
ocultam a verdade em barras de aço.

Palavras simbólicas transformam,
as veias abertas da realidade.

Palavras amorosas são doces caseiros,
saciando a fome da compreensão.

Palavras lidas são botes infláveis,
esperanças da salvação.

Rita Elisa Seda















3 comentários:

  1. Agradeço a sua consideração em publicar o meu poema. O livro "Á sombra do cipreste" é minha leitura preferida atualmente.

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  2. Rita, chama-se isso de afinidades eletivas?

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  3. Menalton, parabéns pela belíssima escolha!!!
    Este poema é maravilhoso, Rita Elisa Seda!!!
    Sensibilidade em Palavras...
    Palavras tem poder!
    "Palavras acolhedoras tecem,
    enorme teia mundial da amizade."

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