O poema que segue é da minha amiga Rita Elisa Seda
O Poder das Palavras
Palavras lançadas ao vento,
não semeiam o campo dos conselhos.Palavras sábias cruzam o céu do saber,
iguais pipas em vento brando.
Palavras rudes são jogos de pingue-pongue,
batem e voltam rapidamente.
Palavras acolhedoras tecem,
enorme teia mundial da amizade.
Palavras amargas são intragáveis,
até mesmo com chocolate.
Palavras sérias armam ciladas,
destroem a imaginação.
Palavras precisas são bisturis,
operando uma decisão.
Palavras perdidas são morcegos,
voltam à noite para perturbar.
Palavras domesticadas são mariposas,
casulos refeitos em fios de seda.
Palavras comuns são traiçoeiras,
esbarram na rua da indignação.
Palavras iguais geram polêmicas,
ocultam a verdade em barras de aço.
Palavras simbólicas transformam,
as veias abertas da realidade.
Palavras amorosas são doces caseiros,
saciando a fome da compreensão.
Palavras lidas são botes infláveis,
esperanças da salvação.
Rita Elisa
Seda
Agradeço a sua consideração em publicar o meu poema. O livro "Á sombra do cipreste" é minha leitura preferida atualmente.
ResponderExcluirRita, chama-se isso de afinidades eletivas?
ResponderExcluirMenalton, parabéns pela belíssima escolha!!!
ResponderExcluirEste poema é maravilhoso, Rita Elisa Seda!!!
Sensibilidade em Palavras...
Palavras tem poder!
"Palavras acolhedoras tecem,
enorme teia mundial da amizade."