Ronaldo Cagiano
: fui um rio disperso e incessante, mas me
mantive
fiel à constância
do leito-pergunta…
Juliano Garcia Pessanha
“Ignorância do sempre”
Diante dos olhos
a luz-agulha da inóspita verdade:
a luz-agulha da inóspita verdade:
em sua atrevida nudez,
vomita como o ventre bilioso
de um vulcão.
Aquele rio que transbordava por
vingança
no espasmo de suas
margens oprimidas
caluniando as ruas e noites
caluniando as ruas e noites
um Nilo a fecundar-me
com sua babel de fantasmas;
com sua babel de fantasmas;
Tejo a inaugurar rotas trânsfugas
em outras navegações;
Amazonas insolente, porto de lutos
Amazonas insolente, porto de lutos
numa hidrografia de desesperos.
E sob um céu consternado
pelo opróbrio de nuvens bêbadas
pelo opróbrio de nuvens bêbadas
batizando o asfalto cariado
da metrópole convulsiva,
outra é a tragédia:
da metrópole convulsiva,
outra é a tragédia:
caminha um homem povoado de dúvidas
e a cerviz recalcada
por um arsenal de náuseas.
por um arsenal de náuseas.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
http://twitter.com/Menalton_Braff
http://menalton.com.br
http://www.facebook.com/menalton.braff
http://www.facebook.com/menalton.braff.escritor
http://www.facebook.com/menalton.para.crianças