(Antono Luceni)
A algumas pessoas não cabe o amor
não cabe amar.
Sentir o amor
desejar o amor
mas não amar.
Vivem a flertar
com o amor e seus satélites.
O amor de mãe
(da mãe que ama)
sublime e inexplicável amor;
amor despojado e gratuito,
O amor de amigo,
de quem se toma emprestado
para nunca mais pagar.
Mas também o amor de amigo se vai
se casa
viaja para estudar noutro país
crescer profissionalmente.
O amor religioso,
Da benevolência,
Da fraternidade,
Da compaixão.
Esse, só dura o final de semana
até o relógio despertar para rotina da segunda-feira
ou quando a concha atinge o fundo da panela.
O amor de aluguel,
dos minutos contados e pagos:
um amor de puta
de garoto de programa;
varia conforme a inflação
e a procura de mercado.
Há seres que,
não sabemos bem a razão,
nascem pra viver, somente.
De um jeito ou de outro,
buscando a felicidade,
mas não para amar ou serem amados.
Outro dia passei por uma ruela
e vi dois cães que se cheiravam;
um lambia o sexo do outro
sem qualquer constrangimento.
Havia crianças por perto
Havia velhos por perto
Um bêbado na esquina, no bar,
observava a cena e ria.
Alguns meninos riam,
e cobriam o rosto de tanto rir.
¾ Entra pra dentro, menino!
E, a essa altura, um já estava
grudado no outro.
Não pelo amor,
mas pelo sexo.
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