quarta-feira, 24 de fevereiro de 2016

CANTIGAS DE AMIGOS

Gênese                
(Eliane Ratier)                                                                                                     

Procuro no ar a moção da palavra
Respiro o sol
Estilhaços de brilho
dançam no ar em miragem

De repente um aperto
no esquerdo do peito
Molham-se os olhos
Soluço

É ela!

Vem diáfana e bela
em vestes fluidas
transparente,fina
frágil
feliz e cega
fugidia e certa

A inspiração é assim
voluntariosa
insubmissa

Tateia o interno
veludoso, sanguíneo e cálido
que goteja belezas
na turva superfície da alma

Ondas

Círculos concêntricos
tocam os limites
transbordam em poesia

Recolho os respingos
seres vivos
de argênteas e ágeis caudas

Ponho-os para secar no papel
Vão-se em vapor
Sobram as sombras
marcas indeléveis


Combino-as
pares e díspares
ao som da melodia interna
Dou corda
e assim nasce
inacabado e eterno
um poema


Procuro no ar a moção da palavra
Respiro o sol
Estilhaços de brilho
dançam no ar em miragem

De repente um aperto
no esquerdo do peito
Molham-se os olhos
Soluço

É ela!


Vem diáfana e bela
em vestes fluidas
transparente,fina
frágil
feliz e cega
fugidia e certa

A inspiração é assim
voluntariosa
insubmissa

Tateia o interno
veludoso, sanguíneo e cálido
que goteja belezas
na turva superfície da alma

Ondas

Círculos concêntricos
tocam os limites
transbordam em poesia

Recolho os respingos
seres vivos
de argênteas e ágeis caudas

Ponho-os para secar no papel
Vão-se em vapor

Sobram as sombras
marcas indeléveis


Combino-as
pares e díspares
ao som da melodia interna
Dou corda
e assim nasce
inacabado e eterno
um poema

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