domingo, 3 de julho de 2016

JOSÉ CASTELLO ESCREVE SOBRE 'O PESO DA GRAVATA'

O PESO DA GRAVATA e outros contos
Por Menalton Braff

Os contos de Braff apresentam determinada contenção dramática, sem, contudo, dispensarem os adjetivos bem como o gosto pelos detalhes delicados.

José Castello crítico literário

O peso da gravata e outros contos (Primavera Editorial, 176 páginas, R$ 24,90) é o mais recente lançamento do escritor Menalton Braff que chega às livrarias. A obra é apresentada pela Primavera Editorial e brinda o leitor com contos originais, onde o realismo fantástico impera na metade do livro.
São dezoito contos como o de um sobrado deteriorado pelo tempo, e outro de um personagem morto que caminha em direção à sua própria sepultura, para citar apenas dois exemplos. Como é de se esperar, o autor também oferece ao leitor contos que permeiam a dura e cruel realidade do dia a dia, tratando de temas como a morte, a vida e a rotina em que nos envolvemos.

Inventivo como deve ser todo escritor de ficção, Menalton Braff é também sui generis ao dar títulos aos seus escritos. Em O peso da gravata e outros contos temos, entre outros: “Vestido de dor”, “Atordoamento”, “Arrastavam-se móveis”, “Nossa perna”, “O peso da gravata”, que abre a coletânea e empresta o título ao livro.

O leitor, depois de ser envolvido por narrativas surpreendentes, é convidado, ao final, no conto mais longo do livro, a entrar no mundo de um condomínio prestes a ser invadido – uma metáfora. “A portaria ficou deserta do lado de fora, por onde apenas um vento escuro passava com seu cheiro
nauseante. Do lado de dentro, o senhor síndico traçava planos, com mapas e compassos, auxiliado por seu funcionário.” (do conto “Jardim Europa”).


Sobre o autor: Com vinte e três livros publicados e na bagagem um prêmio Jabuti - melhor livro de ficção do ano, em 2000, Menalton Braff, que é gaúcho de Taquara, hoje radicado em Serrana (SP),  dedica todo o seu tempo a atividades literárias. Além do Jabuti em 2000, foi um dos finalistas da Jornada de Passo Fundo, em 2003, e finalista do Jabuti em 2007, com o livro de contos A coleira no pescoço, e em 2008 com o romance A muralha de Adriano, pelo qual recebeu Menção Honrosa no 50°. Prêmio Casa de Las Américas (Havana), edição de 2009, e foi finalista do Prêmio São Paulo de Literatura. Em 2013 lançou o romance O casarão da rua do Rosário pela Bertrand Brasil. Em 2014, a Editora FTD publicou seu romance juvenil O fantasma da segundona e no primeiro semestre de 2015 a Global Editora lançou Pouso do sossego, segundo romance da trilogia iniciada com Tapete de silêncio. Neste mesmo ano a Editora Moderna editou sua novela juvenil Castelo de areia, que acaba de receber o selo altamente recomendável, da FNLIJ. Atualmente publicou três eBooks pela Primavera Editorial: Na teia do Sol e Castelos de Papel e O peso da gravata. Ainda em 2016 lançará mais um romance pela mesma editora.

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