quarta-feira, 6 de setembro de 2017

CANTIGAS DE AMIGOS

AMOR

(Rita Mourão)

Chegou de mansinho,
abriu as porteiras das minhas várzeas, montanhas
e cheio de manhas se apossou das minhas propriedades.
Aceito o silêncio, mas sinto falta daquela agilidade felina
percorrendo minhas pastagens.
Ninguém tem o direito de se apropriar de mim
e depois me fazer refém de uma alucinação aguda.
Ainda ouço passos que se aproximam
porque ausência é uma presença que transmuda.

E minha saudade é um substantivo concreto.

Um comentário:

  1. Obrigada, amigo, você está sempre presnte em meu coração. Abraço grande, Rita

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