Nesta coluna, Menalton Braff revela as razões que o levaram a escrever cada um de seus livros.
Moça com chapéu de palha
Moça com chapéu de palha
Sempre pensei que qualquer órgão da imprensa,
qualquer instrumento da mídia são dirigidos por pessoas, mesmo quando o órgão é
oficial. E se são pessoas que estão por trás das matérias e notícias, sempre me
pareceu evidente que é uma visão particular que se entrega ao público.
Essa discussão vinha de longe, e um amigo meu,
jornalista, sempre defendeu seu jornal como sendo neutro, mas eu sabia até a
orientação política do proprietário. Então, falar de imprensa livre me parecia
para enganar trouxa.
Eu saía, na época, de minhas principais experiências
impressionistas, e um dia, passando pela frente de um hotel me lembrei de
alguém que me contou que o hotel ficava quase sempre com um ou dois
quartos ocupados, mas no fim do dia apareciam fichas de praticamente todos os quartos com hóspedes. Sem malícia, perguntei por quê.
quartos ocupados, mas no fim do dia apareciam fichas de praticamente todos os quartos com hóspedes. Sem malícia, perguntei por quê.
Lavagem de dinheiro, foi a resposta.
Foi a hora em que a história me veio à mente quase
pronta. Imaginei o dono do hotel amigo de um dono de jornal. Sim, porque não se
veem notícias sobre lavagem de dinheiro por aí com facilidade. O mundo dos
empresários vive entrelaçado com o mundo das empresas da mídia, que eles
sustentam.
Então, aproveitando minha febre impressionista,
apareceu uma pintora de cavalete ao ar livre, o título, lembrando títulos
impressionistas e um jornalista que supunha trabalhar em um órgão neutro da
imprensa. E se dá mal.
Em 2009, a Editora Língua Geral publicou Moça com chapéu de palha.
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