Burlesco*
(João Augusto)
A humanidade é uma graciosa farsa
Mas os chimpanzés são mais ousados
Porque troçam e pilham
Animais enjaulados
Nem troçamos nem pilhamos
Repetimos os monos e rimos
Mais com as sobrancelhas
Que dão guarda ao coração
Olhos de anfíbios
Que expelem veneno
Tão natural e abundante
Como a saliva que pulsa
Em minha sua boca
Cheia de dentes
Esperando a cortina
A encerrar o copo
De alucinações
*Este poema está no livro Sem sombra de um guarda-chuva.
Blog de Literatura do escritor Menalton Braff, autor de 26 livros e vencedor do Prêmio Jabuti 2000.
Páginas
- ALÉM DO RIO DOS SINOS
- AMOR PASSAGEIRO
- Noite Adentro
- O Peso da Gravata
- Castelo de Areia
- Pouso do Sossego
- Bolero de Ravel
- Gambito
- O fantasma da segundona
- O casarão da Rua do Rosário
- Tapete de Silêncio
- À sombra do cipreste
- Antes da meia-noite
- Castelos de papel
- A coleira no pescoço
- Mirinda
- A Muralha de Adriano
- Janela aberta
- A esperança por um fio
- Na teia do sol
- Que enchente me carrega?
- Moça com chapéu de palha
- Como peixe no aquário
- Copo vazio
- No fundo do quintal
- Na força de mulher
quarta-feira, 14 de março de 2018
CANTIGAS DE AMIGOS
Postado por
Anônimo
às
10:25
Enviar por e-mailPostar no blog!Compartilhar no TwitterCompartilhar no FacebookCompartilhar com o Pinterest
Marcadores:
Burlesco,
Cantigas de amigos,
João Augusto,
literatura,
poesia,
poeta
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Muito bom! João sem comparação! Poesia da melhor qualidade! Melhor, ainda, saber que a poesia é muito familiar como o poeta! De tão perto!
ResponderExcluir