(Cristina Gama)
Tão cheios de vaidade estes entes humanos, tão perpassados de fatos,
e eu toda branca e pura, como nunca tivesse sido soterrada,
como se nunca tivesse visto um fantasma, socada pelo peso da ternura!
Lá vão eles bravos, inteiros,
e eu toda branca e pura, como nunca tivesse sido soterrada,
como se nunca tivesse visto um fantasma, socada pelo peso da ternura!
Lá vão eles bravos, inteiros,
com mil páginas de histórias!
E eu, coágulo, bruma e aço na forma intocada,
anêmona procurando o contato do átomo, da substância!
que páginas limpas tenho sujado de tinta,
ferido o espaço sagrado com desculpas pequenas!
Quero com loucura, com urgência, um elo completo com a Vida,
quero-a o centro do Universo, o berço fantásticos das criaturas,
nomenclatura futura de todas as metafísicas, de toda aparência desnuda!
(Vê-la pesadelo e enterro de caveiras é cegueira absurda)
A vida? uma estufa das estrelas, uma lupa das alturas!
E creiam ou não creiam, ó esterco de desespero, ó abraço de ventura,
nós, os passageiros, não o arame de areia, mas o sangue e a seiva,
desta cósmica estrutura.
E creiam ou não creiam, ó esterco de desespero, ó abraço de ventura,
nós, os passageiros, não o arame de areia, mas o sangue e a seiva,
desta cósmica estrutura.
Caracas, que coisa louca de linda!!!! uuuaauuuu Parabéns, Poeta!
ResponderExcluirque lindo! parabéns!
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