
(Maria Carpi)
Como é difícil se perdoar.
Mesmo que todos nos perdoem,
mesmo com a extrema-unção,
ainda não nos perdoamos.
Começamos a nos perdoar
quando perdoamos a genuflexão
de Deus na morte de seu filho.
Quando perdoamos o silêncio
de Deus na nossa própria morte.
Quando perdoamos aqueles
que nos antecederam na morte.
Quando perdoamos a violência
do nascimento ao sermos jogados
na existência. A violência
da letra quando jogados
na escrita do livro inacabado.
*Do livro O Perdão Imperdoável (Bertrand Brasil):
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