Abraço*
(Maria Carpi)
Como é difícil se perdoar.
Mesmo que todos nos perdoem,
mesmo com a extrema-unção,
ainda não nos perdoamos.
Começamos a nos perdoar
quando perdoamos a genuflexão
de Deus na morte de seu filho.
Quando perdoamos o silêncio
de Deus na nossa própria morte.
Quando perdoamos aqueles
que nos antecederam na morte.
Quando perdoamos a violência
do nascimento ao sermos jogados
na existência. A violência
da letra quando jogados
na escrita do livro inacabado.
*Do livro O Perdão Imperdoável (Bertrand Brasil):
Blog de Literatura do escritor Menalton Braff, autor de 26 livros e vencedor do Prêmio Jabuti 2000.
Páginas
- ALÉM DO RIO DOS SINOS
- AMOR PASSAGEIRO
- Noite Adentro
- O Peso da Gravata
- Castelo de Areia
- Pouso do Sossego
- Bolero de Ravel
- Gambito
- O fantasma da segundona
- O casarão da Rua do Rosário
- Tapete de Silêncio
- À sombra do cipreste
- Antes da meia-noite
- Castelos de papel
- A coleira no pescoço
- Mirinda
- A Muralha de Adriano
- Janela aberta
- A esperança por um fio
- Na teia do sol
- Que enchente me carrega?
- Moça com chapéu de palha
- Como peixe no aquário
- Copo vazio
- No fundo do quintal
- Na força de mulher
quarta-feira, 27 de março de 2019
CANTIGAS DE AMIGOS
Postado por
Anônimo
às
10:28
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