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sábado, 3 de maio de 2014

O FANTASMA DA SEGUNDONA


E aqui estou em face do meu vigésimo título e com a necessidade de resenhá-lo. Não uma resenha como se costuma encontrar em jornais e revistas, mas uma apresentação sumária do dito cujo.
O fantasma da segundona é o que costumo classificar como um romance juvenil.
O romance nasceu de uma primeira ideia muito antiga e que não tomava forma nítida nem concretude. Essa ideia era a de que sempre se fala dos vencedores, geralmente para exaltar sua força, inteligência, habilidade, enfim, para louvar aqueles que, ou por sorte ou por competência, chegam em primeiro lugar.

sábado, 26 de abril de 2014

O FANTASMA DA SEGUNDONA ESTÁ PRONTO

Menalton Braff alcança a marca de 20 livros editados.

"O fantasma da segundona" é um romance juvenil, com ilustrações de Caco Galhardo, editado pela FTD.

No texto a seguir, publicado na quarta capa do livro, você obterá informações básicas sobre a história.

"Como é ser filho de um grande ídolo do futebol? Como lidar com o assédio na escola e a inveja de alguns colegas? Como enfrentar a mídia, que ora ergue um ídolo, ora o derruba? 
Neste livro, vamos conhecer a história de Maurício, filho de um famoso jogador de futebol contratado para salvar o Clube Esportivo Planalto do rebaixamento."


sexta-feira, 4 de abril de 2014

O CONTO DESTA SEXTA FOI PUBLICADO NA CARTA CAPITAL


De barbada
O quarteirão onde morava não precisava ligar rádio ou a tevê para saber quando o clube do Lordebáiron ganhava. Bom de goela, o sujeito
por Menalton Braff 

Lordebáiron descendia de uma família de amantes do futebol. No berço (ele nasceu em ano de Copa) antes da mamadeira recebeu uma camisa amarela com gola verde e o número dez azul nas costas. Todos em sua casa eram torcedores fanáticos e mais fanático que todos era Lordebáiron. Nunca foi bom de bola − as pernas duras − mas era insuperável em gritos. O quarteirão onde morava não precisava ligar rádio ou televisão para saber quando o clube do Lordebáiron ganhava. Bom de goela, o sujeito.

Nesta última Copa, ele precisava transcender tudo que já fizera alguém pelo futebol do Brasil. Sim, porque havia também concurso de torcida: quem é o torcedor mais fanático da cidade? Às vezes o campeonato tornava-se estadual, e o último Lordebáiron perdera por pura distração. Entrou na sala de salto alto, pensando que ninguém torceria como ele. Para sua infelicidade, a duzentos quilômetros dali havia uma família igual à sua, e o cretino do Sirválter vinha treinando há dois anos para aquele campeonato. Treinava em segredo, a portas fechadas, sem revelar sua tática.

domingo, 9 de fevereiro de 2014

VEM AÍ O VIGÉSIMO LIVRO DE MENALTON BRAFF

O FANTASMA DA SEGUNDONA 
já está no prelo, 
mas ainda não tem data prevista para chegar às livrarias.
É o sexto romance juvenil de Menalton Braff
O livro fala de futebol e será lançado pela FTD
com capa de Caco Galhardo
Breve daremos mais informações. Aguardem!




quarta-feira, 31 de outubro de 2012

CARTA CAPITAL | NÓS, OS TORCEDORES



Nós, os torcedores

Pouco entendo de futebol e não digo isso com o orgulho esnobe de quem não quer misturar-se ao povo, mas com a humildade de quem gosta de ver um bom jogo sem entender muito bem tudo o que acontece no espetáculo. Existe uma falta, por exemplo, que sempre anuncio para o lado contrário. Não consigo entender como é que um jogador se atira sobre o outro, com o risco de saírem os dois machucados (dizer “contundido” já seria desmentir a declaração inicial), e o juiz o beneficia com uma falta contra sua vítima, o jogador agredido.

Sei que são vinte e sete envolvidos diretamente. Se você, caro leitor, não acredita nesses números, é porque nunca meditou sociologicamente sobre o assunto, como já o fez Monteiro Lobato lá pelos inícios do século passado. Não nos esqueçamos de que o juiz e seus quatro auxiliares são peças mais do que importantes no espetáculo, contribuindo, em geral, com suas genitoras em função altamente relevante, pois são elas o alvo de torcedores com tensões das mais diversas origens, que, naquele momento, encontram seu desabafo, como a válvula na panela de pressão. E como os vinte e sete envolvidos (se é que o convenci) são seres humanos, outras lições consigo tirar de uma partida de futebol.

terça-feira, 22 de maio de 2012

GOSTO É GOSTO | CARTA CAPITAL


Acesse a publicação original no site da Carta Capital

Mas quem foi que disse que eu não gosto de futebol? Quantas vezes fiquei, no domingo à tarde, na frente da televisão para ver um bom jogo de futebol?! Gosto dos lances muitas vezes caóticos do futebol, dos dribles inesperados, dos lances inteligentes, mas gosto também da velocidade, do domínio da bola, das belas e cinematográficas defesas, do sentido de conjunto que é próprio de um esporte coletivo. Gosto, sempre gostei. Quando criança, fiz uma escolha como toda criança faz: movido por alguma razão que nos foge, que não somos capazes de explicar. Pelo menos quando não se tem um pai que dá inteira liberdade de escolha ao filho, comprando camisetas de seu clube, comprando uma bola com suas cores, levando-o ao estádio apenas quando seu time joga. Pois eu, literalmente, não tive um pai assim. Ele detestava futebol, e torcer, lá em casa, era coisa que se fazia meio clandestinamente. Não me lembro como foi, só sei que um dia eu disse: torço para o meu time. E permaneço fiel àquela escolha até hoje. Sou torcedor.

sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

PRECISAMOS APRENDER A LIÇÃO*


* Artigo publicado na revista Carta Capital.

Há poucos dias fomos alvo de brincadeiras nos jornais do mundo todo, principalmente nos espanhóis. E mexeram justamente em nossa ferida, ou aquilo que a grande mídia elegeu como tal: o futebol. Numa das manchetes publicadas em Barcelona, lia-se o belo trocadilho “Deuses e Santos”.

Bem, o fato de o Santos Futebol Clube, ou seja lá qual for seu nome completo, ter perdido para uma equipe espanhola, teria sido digerido com a maior facilidade, não fôssemos o “país do futebol”.  A mídia, sobretudo a grande mídia, que em um de seus segmentos vive à custa do esporte, cria uma expectativa, forjada à base da repetição (técnica do Goebels?), que muitas vezes não encontra base na realidade.