PESSOAS ESTRANHAS NA ILHA
Pág. 15 - "Desde os pântanos de águas misturadas, vejo a parte alta do morro, os veranistas que habitam o museu."
"Estão vestidas com roupas iguais às que se usavam faz poucos anos: graça que revela (segundo me parece) uma consumada frivolidade..."
Pág. 16 - "Dançam entre os capinzais do morro, lugar cheio de víboras."
"Neste intento de observá-los há perigo; como todo agrupamento de pessas cultas, devem ter, em algum lugar, um meio de tirar impressões digitais e serviço de informações, e me remeterão, se me descobrem, por umas quantas cerimônias ou tramitações, ao calabouço.
Exagero: contemplo, com alguma fascinação - há tanto tempo que não via gente! - esses abomináveis intrusos; mas seria impossível estar sempre de olho neles."
(...)
"Minha situação é deplorável. Tenho de viver nestes baixios justamente num momento em que as marés sobem mais do que nunca."
Pág. 17 - "Quan escurece, procuro galhos e cubro-os com folhas. Não estranho acordar dentro da água. A maré sobe por volta das sete da manhã; às vezes, vem adiantada."
"Sinto, com desagrado, que este papel está se transformando em testamento."
(...)
Pág. 18 - "... Ombrellieri terá sido caridoso para com um semelhante injustamente perseguido e, até a última recordação que tenham dele, o tratarão com benevolência."
Aqui faz referência ao italiano que lhe ensinou o esconderijo na ilha contaminada por peste desconhecida.
"...remei desesperadamente e cheguei à ilha (com uma bússola que não entendo; sem orientação, sem chapéu; doente; com alucinações); o bote encalhou nas areias de leste (sem dúvida, os recifes de coral, que rodeiam a ilha, estavam submersos); permaneci no bote mais de um dia, perdido em episódios horríveis, esquecendo até de que tinha chegado."
Todas as alusões a fatos de que se vai tecendo o romance, misteriosos ou, pelo menos, estranhos. Há traços de literatura fantástica como também elementos do gênero policial. E, como costuma acontecer na literatura do que se chama atualmente de realismo mágico ontológico, a linguagem não apresenta trabalhos de aproximação com a linguagem poética.
Pág. 15 - "Desde os pântanos de águas misturadas, vejo a parte alta do morro, os veranistas que habitam o museu."
"Estão vestidas com roupas iguais às que se usavam faz poucos anos: graça que revela (segundo me parece) uma consumada frivolidade..."
Pág. 16 - "Dançam entre os capinzais do morro, lugar cheio de víboras."
"Neste intento de observá-los há perigo; como todo agrupamento de pessas cultas, devem ter, em algum lugar, um meio de tirar impressões digitais e serviço de informações, e me remeterão, se me descobrem, por umas quantas cerimônias ou tramitações, ao calabouço.
Exagero: contemplo, com alguma fascinação - há tanto tempo que não via gente! - esses abomináveis intrusos; mas seria impossível estar sempre de olho neles."
(...)
"Minha situação é deplorável. Tenho de viver nestes baixios justamente num momento em que as marés sobem mais do que nunca."
Pág. 17 - "Quan escurece, procuro galhos e cubro-os com folhas. Não estranho acordar dentro da água. A maré sobe por volta das sete da manhã; às vezes, vem adiantada."
"Sinto, com desagrado, que este papel está se transformando em testamento."
(...)
Pág. 18 - "... Ombrellieri terá sido caridoso para com um semelhante injustamente perseguido e, até a última recordação que tenham dele, o tratarão com benevolência."
Aqui faz referência ao italiano que lhe ensinou o esconderijo na ilha contaminada por peste desconhecida.
"...remei desesperadamente e cheguei à ilha (com uma bússola que não entendo; sem orientação, sem chapéu; doente; com alucinações); o bote encalhou nas areias de leste (sem dúvida, os recifes de coral, que rodeiam a ilha, estavam submersos); permaneci no bote mais de um dia, perdido em episódios horríveis, esquecendo até de que tinha chegado."
Todas as alusões a fatos de que se vai tecendo o romance, misteriosos ou, pelo menos, estranhos. Há traços de literatura fantástica como também elementos do gênero policial. E, como costuma acontecer na literatura do que se chama atualmente de realismo mágico ontológico, a linguagem não apresenta trabalhos de aproximação com a linguagem poética.
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