(João Augusto)
“A rua em torno era um frenético alarido.
Toda de luto, alta e sutil, dor majestosa,
Uma mulher passou, com sua mão suntuosa
Erguendo e sacudindo a barra do vestido.”(Charles Baudelaire, em A uma passante)
Toda de luto, alta e sutil, dor majestosa,
Uma mulher passou, com sua mão suntuosa
Erguendo e sacudindo a barra do vestido.”(Charles Baudelaire, em A uma passante)
Marte é menos estranho do que minha pequena biblioteca. O ser humano e todos os seus tormentos realizados. A racionalidade como uma escala da fantasia. Minha psicóloga diz que os submarinos não morrem, apenas se escondem melhor. No fundo, mesmo na engenharia que me funda como poeta, somos o extremo do sonho, o concreto da utopia. (Ao final dos meus anos, espero sair com vida.) Os homens guardados em retratos me pedem conselhos. Observo quadros urbanos, como um flâneur parisiense. A mulher que passa como uma lanterna, na noite acesa por olhos mudos, rouba-me a única palavra possível.
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