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sexta-feira, 6 de julho de 2012

FRAGMENTO DE MOÇA COM CHAPÉU DE PALHA



Nem a fotografia é objetividade pura, ela afirma depois de fechar os olhos. Há sempre uma opinião dirigindo a câmera.  Ângulo, distância e luz são escolhas.

Mesmo assim, mesmo sabendo que a verdade oferece muitos tropeços para ser alçada, adenso-me na história e não aceito a tese do Armando. Se a verdade é individual como ele quer, ela é apenas um ponto de vista.  

domingo, 24 de junho de 2012

TRECHO DO ROMANCE MOÇA COM CHAPÉU DE PALHA




"Amparado por duas mulheres, sinto suas mãos quentes. Digo uma asneira meio sem graça para que elas não fiquem sentindo pena. Não sei se estão rindo porque me acham engraçado ou porque não deixam de sentir pena de mim."

segunda-feira, 11 de junho de 2012

TRECHO DE MOÇA COM CHAPÉU DE PALHA


De pé, em atitude reverente, assistimos ao desvanecer-se da fumaça azul rumo ao nada. Estava desfeito o candelabro, que passou a residir apenas em nossa memória. Foi um instante só, o tempo do nosso jantar, mas a delicadeza do gesto e o arranjo proposto nos deram um momento de encantamento e doçura.

domingo, 3 de junho de 2012

TRECHO DE MOÇA COM CHAPÉU DE PALHA (5)


"Imerso nesta manhã colorida de amarelo, meus problemas não parecem ter a mesma gravidade que me pisava a consciência ontem à noite. Mesmo assim, me preparo sem pressa para relatar uma a uma todas as questões que me ocupam a mente com peso incômodo."

sábado, 26 de maio de 2012

FRAGMENTO DE MOÇA COM CHAPÉU DE PALHA (4)

"Ela acaba de entrar pela porta da frente e atravessa a sala. A sandália é fina e imita o som macio do pé. Fechando os olhos, consigo ver o calcanhar golpeando o piso para que a planta do pé, em seguida, estenda-se de leve e silenciosa no ladrilho."

sábado, 19 de maio de 2012

TRECHO DE MOÇA COM CHAPÉU DE PALHA (3)

"Ernesto, pobre Ernesto, vai cair provavelmente  por minha convicção de que se pode, com algum desprendimento e muita generosidade, salvar o mundo. Eu mesmo me ofereci em holocausto, não levando em conta as ofertas do futuro." 

domingo, 22 de abril de 2012

FRAGMENTO DE MOÇA COM CHAPÉU DE PALHA (2)


"Fechava um pouco os olhos, ameaçava dormir, mas a inveja me despertava. Como era possível que aquele pai estivesse ali a exibir a posse de um passado que jamais poderia pertencer-me? Seria, quem sabe, um teste a respeito do meu caráter? "


terça-feira, 17 de abril de 2012

FRAGMENTO DE MOÇA COM CHAPÉU DE PALHA (1)


Iniciamos, aqui, a publicação de fragmentos do livro Moça com chapéu de palha.


"Nas primeiras vezes em que sentimos o corpo latejar, procurávamos com pressa o motel mais próximo, qualquer um, e parecia-me que ambos aprendíamos a morrer um pouco naquela vertigem que se misturava a uma sensação ácida de clandestinidade...."