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terça-feira, 2 de dezembro de 2014

GRUPO DE LEITURA D. QUIXOTE

Eis o Grupo de Leitura D. Quixote. Todos os meses lemos um livro e no último domingo do mês nos reunimos para discutir as impressões que cada um teve do livro. O grupo é formado por pessoas oriundas de várias áreas, o que enriquece a leitura.

A partir de agora, exceção a dezembro, depois de cada encontro alguém vai resenhar o livro lido, texto que será publicado aqui.

O livro escolhido para a leitura de novembro foi o Violeta velha e outras flores, do Matheus Arcaro, um dos integrantes do grupo. E a mim coube a tarefa de produzir a primeira resenha. Como já havia redigido o prefácio para o livro, resolvi publicá-lo à guisa de resenha.

O momento certo


Não pela idade, senão pela experiência intelectual, Matheus Arcaro lança este seu primeiro livro com maturidade inusitada, isto é, um autor que nasce maduro, seguro daquilo que quer como experiência literária. Seus contos são de uma intensidade surpreendente. E intensidade, aqui, não como palavra oca, de mero efeito retórico, mas como expressão das mais extraordinárias experiências de vida de suas personagens, todas elas densas, habitando o fio de seus limites.

terça-feira, 30 de setembro de 2014

MATHEUS ARCARO LANÇA SEU PRIMEIRO LIVRO DE CONTOS: "VIOLETA VELHA E OUTRAS FLORES"

O professor de filosofia, Matheus Arcaro, estreia na literatura com o livro de contos VIOLETA VELHA E OUTRAS FLORES, que tive o prazer de prefaciar.

O lançamento será no próximo dia 16, às 19h30, no Centro Cultural Palace, em Ribeirão Preto.

Antecipo para vocês, com a devida autorização do autor, um dos contos do livro.


A fúria sem som


Cadê a Tereza? Faz tempo que ela não me dá banho. A mão da Tereza era leve, parecia o beija-flor que cheirava as flores da mamãe. Ela me deixava tão cheiroso que um dia quase o beija-flor veio me beijar. Ele não veio, mas a Tereza me beijou. Ela me beijava e abraçava e depois beijava de novo. E eu desenhava o cheiro dela enquanto ela passava a mão no meu rosto, temos que fazer essa barba hoje, Benjamim. Tá igual espinho. Espinho branco, onde já se viu? De manhã, à tarde e à noite ela me dava um monte de balinhas coloridas, sempre iguais. O gosto não era muito bom, por isso eu não queria comer. Mas ela dizia que era pra dar força pra minha cabeça, aí eu engolia sem