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terça-feira, 17 de outubro de 2017

ORELHA

Esta coluna reúne apresentações de livros escritas por Menalton  Braff em algum momento.

Um   

Geraldo Lima pertence à linhagem dos escritores conscientes de que a primeira exigência que se faz a um trabalhador, qualquer que seja, é o conhecimento de sua ferramenta. Nele são visíveis o domínio da linguagem literária e das técnicas narrativas. Seu texto é moderno, sem cair nas armadilhas de moda nenhuma.
Um é uma novela em que se convida o leitor a fazer um terrível mergulho no inferno em que vive Paulo, o protagonista. Ex-seminarista, acaba de passar por uma experiência mística, que o expõe de corpo nu (seria melhor dizer de mente nua?) vivendo em plena fogueira de seu conflito: de um lado, o desejo carnal em estado de violência, que o domina obsedante; de outro, a certeza de sua vocação espiritualizante, cuja realização exige-lhe pensamentos puros e castos, que já não pode alcançar.
Ana, com quem vive alguns anos, e Ariadne, sua quase-amante, são as mulheres com quem ocupa a mente em luta contra os apelos do espírito, representados pelo padre Artur, seu antigo

segunda-feira, 25 de julho de 2016

CARTA CAPITAL| RELAÇÕES ENGANOSAS

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Relações enganosas

A dicotomia belo/bom x feio/mau está arraigada em nossas vidas

Impossível saber quem primeiro estabeleceu a relação belo/bom x feio/mau, uma oposição em que as duplas não se misturam. Já no Romantismo (1836-1881, no Brasil) havia qualquer coisa assim.

Um exemplo à mão é O Guarani, de José de Alencar. Ceci é loira, bonita, espiritualizada, uma candura de jovem, e representa, em todos os lances do romance, o lado do bem. Ela é a virtude. Sua prima (ou irmã?), Isabel, é morena, sensual e representa o vício, a carne e o desejo. Isabel é do mal, a embriaguez, a irracionalidade. O Romantismo era maniqueísta, acreditava em dois campos opostos e impermeáveis. Não havia mediação entre os extremos.

sexta-feira, 1 de abril de 2016

UM CONTO PARA SEU FIM DE SEMANA

O dia aprazado, o prazo vencido
                          

Não vê a noite anoitecendo o potreiro limpo, de cerca nova, a casa, o galpão. Não vê as sombras apagando a encosta do morro, com o milho empendoando. Não percebe que o canto ensombrecido embaixo do cinamomo acabou de anoitecer. Cabeça baixa, o olhar esparramado arrastando-se pela terra escura. E pensar que, e pensa, e pensar o quê? Inútil qualquer pensamento se a vida é um caminho circular.
− A comida esfriando no prato, Nâncio. Vem pra dentro.

segunda-feira, 26 de outubro de 2015

CARTA CAPITAL| TERRA EM CHAMAS

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Terra em chamas

Em viagem pela Bahia, Monteiro Lobato viu bois sedentos que bufavam para uma lagoa sem beber sua água. A lagoa era Petróleo e ali nascia a Petrobras

Não sei em que bairro aconteceu, porque vi de relance e não me lembro mais, mas a televisão mostrou as imagens da terra em chamas, um belo espetáculo cromático visto por muita gente. Já dá pra perceber que não vou falar do calor desumano que temos sofrido, porque este ainda não chegou ao ponto de botar fogo na terra. O que poderia ser aquilo? Talvez o fim da história nos chegue uma hora dessas, como sói acontecer em casos assim, ou tudo não tenha passado de alguma galhofaria de desocupados.

quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

ENCONTRO COM ENSAÍSTA ITALIANO É NOTICIA NO JORNAL A CIDADE

A nota na versão impressa
Eis a nota publicada por Juliana Rangel. Clique aqui para acessar a publicação online.

Encontro Literário
Versão online
A coluna registrou o encontro do escritor Menalton Braff com o ensaísta italiano Michele Gialdrone, atualmente radicado no Uruguai como adido cultural da Embaixada da Itália. Durante o jantar, realizado na Pizzaria Zio Totó, em Ribeirão Preto, Braff, que já foi ganhador do prêmio Jabuti, falou sobre seu novo romance, “Pouso do Sossego”.

domingo, 28 de dezembro de 2014

LITERATURA, O QUE É ISSO? (2)

Acesse a publicação original.

O jornal Celulose Online publica a segunda parte do texto de Menalton Braff sobre Literatura. A primeira parte foi postada neste blog no dia 22 de novembro.

Literatura, o que é isso?

26/12/2014 – A palavra “literatura”, do latim litteris, é de surgimento mais ou menos recente, século XVIII, e seu emprego não era o mesmo dos dias atuais. Edward Gibbon (1737/1794), um lord britânico, depois de muitas viagens de pesquisas, escreveu o livro Declínio e Queda do Império Romano, obra fundamental para os estudiosos da História Antiga, e com a qual foi considerado um literato. Ora, sua obra foi de História, mas naquele século considerava-se literato o autor com vasta cultura, como foi o caso de Gibbon, e que tivesse um estilo elegante, agradável à leitura. E literato, por óbvio, produzia literatura.

Grandes polêmicas a respeito da questão literária durante o final do século XIX vão desembocar nos primórdios do século XX no grupo chamado de Formalistas Russos, preocupados em delimitar conceitos, estabelecer princípios para novos estudos que então tomavam corpo: os estudos literários. Já Henry James (1843/1916), escritor americano naturalizado britânico, ao prefaciar alguns de seus próprios romances, dava início ao que seria mais tarde conhecido como Teoria da Literatura.

sábado, 15 de dezembro de 2012

AMIGO SECRETO SÓ COM LIVROS

Amanhã, em Serrana, vai haver uma festa de dar água na boca naqueles que gostam de ler: um amigo secreto em que todos os presentes são livros.

Pena que apenas 15 felizardos irão participar. São os integrantes do Grupo Dom Quixote de Leitura, coordenado pela professora Roseli Braff. O grupo se reúne mensalmente no Templo da Cidadania, em Ribeirão Preto, para debater o que leu naquele mês e decidir qual será o livro do mês seguinte.

Eles fazem isso há dez anos. O número de participantes varia, mas nunca foi inferior a dez nem superior a quinze. A única regra para a seleção de títulos é alternar um clássico com um livro de autor vivo.

Amanhã, no entanto, não tem debate nem escolha de livro. Apenas festa, com leitura de poemas e homenagem a  Jair Yanni, artista plástica, poetisa, biógrafa do Piolin e uma das fundadoras do grupo, que morreu este ano aos 95 (na foto, a que está na frente de Menalton).

Tem, também, claro, a entrega dos presentes. Que livros será que irão trocar?

quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

MIRINDA

INFORMAÇÕES CONTIDAS NESTA POSTAGEM:
  1. Dados do livro
  2. Preço
  3. Onde encontrar
  4. Sinopse

DADOS DO LIVRO:

Título: Mirinda
Editora: Moderna
Ano: 2010

PREÇO: de R$ 28,48 a R$ 33,50

ONDE ENCONTRAR:

EBX Livros
Livraria Saraiva
Livraria Sem Fronteiras
Livraria Siciliano


terça-feira, 4 de dezembro de 2012

ANTES DA MEIA-NOITE

INFORMAÇÕES CONTIDAS NESTA POSTAGEM

  1. Dados do livro
  2. Preço
  3. Onde encontrar
  4. Resenha de leitora

DADOS DO LIVRO
Título: Antes da meia-noite
Editora: Ática
Ano: 2007
Público alvo: Infanto-juvenil

PREÇO: de R$ 25,00 a R$ 32,00

ONDE ENCONTRAR:

Livrarias:

quinta-feira, 1 de novembro de 2012

SOBRE BOLERO DE RAVEL

quinta-feira, 1 de novembro de 2012


O Bolero de Ravel e as curvas da melancolia radical

Acabo de ler o "Bolero de ravel", romance do Menalton Braff. Durante toda a leitura da história, oscilei entre o ritmo emblemático do bolero e os raspões produzidos pelo confronto entre o luto e a melancolia, que permeiam a narrativa do início ao fim. Tudo isso temperado pela dinâmica de cortes, fluxos de consciência, balanços temporais e metáforas intercaladas que imprimem um ritmo próprio ao problema-chave da história: o narrador-protagonista, Adriano, às voltas com a experiência de mais uma perda, a dos pais, mortos num acidente.
Digo "mais uma perda" porque o personagem já carrega uma carga de perda que é anterior ao próprio romance. É como se pudéssemos visualizar a sua vida pregressa, na qual o cotidiano seria apenas uma espécie de nuvem, que só caminha quando da vontade de algum tipo de vento mais ousado.

BIBLIOTECA POETA PAULO BOMFIM

O visitante com a equipe da biblioteca.
Recebi da Léia, coordenadora da Biblioteca Poeta Paulo Bomfim, de Itanhaém, um CD que, no mínimo, é trabalho profissional. Tudo o que aconteceu naquele bate papo registrado. Léia e equipe, meus sinceros agradecimentos.
Uma das folhas do
Livro de Presença.





Alguns detalhes é possível mostrar:

Observar que na linha 18 a professora anotou apenas o número 58, número da alunos que vieram com ela. Existem outros casos semelhantes. Se fôssemos esperar pela assinatura de cada um, o atraso do evento seria muito grande.


CONVITE

CONVITE DE LANÇAMENTO


Por uma questão de espaço limitado e solicitações quase ilimitadas, não costumo postar convites de lançamentos. Este convite do Thiago é a exceção para estabelecer a regra.

Título: Teu pai com uma pistola
Local: Casa das Rosas
Quando: 7/11 a partir das 19h30

Quem estiver em São Paulo não deve perder.



quinta-feira, 25 de outubro de 2012

VIAGEM LITERÁRIA AINDA REPERCUTE


Em bate-papo na Ilha, escritor Menalton Braff afirmou que enquanto houver sentimento, haverá literatura
Ilha Comprida - Com o auditório do Espaço Cultural Plínio Marcos completamente lotado, o escritor Menalton Braff   participou do bate papo com a população, dentro do Viagem Literária – programa de incentivo à leitura da Secretaria de Estado da Cultura em parceria com a Prefeitura. À platéia de diferentes idades, Menalton afirmou que a literatura sempre evoluiu e vai continuar em evolução.”Podemos dizer que enquanto  houver sentimento, haverá literatura”, disse.
Segundo o escritor, grandes nomes da literatura  nunca exploram o incidental, o momentâneo mas, sim, tratam de questões universais, que acontecem em qualquer parte do mundo.  Ao responder às diversas perguntas da platéia, Menalton  afirmou que sua motivação para escrever vem do convívio com as pessoas, a conversa e o debate com o público. “Com as pessoas que gosto e as pessoas que não gosto, o que eu leio, tudo é matéria para um livro. Você bate tudo dentro do liquidificador e escreve um livro”, afirmou.
Menalton Braff tem dezenove livros publicados, mais um no prelo e um prêmio Jabuti na bagagem, conquistado em 2000, com a coletânea de contos À sombra do cipreste. O autor dedica todo seu tempo a atividades literárias. Já foi um dos finalistas da Jornada de Passo Fundo, em 2003; foi também finalista do Jabuti em 2007, com o volume de contos A coleira no pescoço, e em 2008, com o romance A muralha de Adriano. Este último ainda lhe rendeu Menção Honrosa no 50º Prêmio Casa de las Américas (Havana), edição de 2009, e posição entre os finalistas do Prêmio São Paulo de Literatura. Acaba de lançar O casarão da rua do Rosário pela Bertrand Brasil.
Mais informações sobre o autor podem ser obtidas no http://www.menalton.com.br.

domingo, 21 de outubro de 2012

LIVROS RECEBIDOS NA SEMANA (1)



Título: A guardiã dos segredos de família
Autora: stella Maris Rezende
Editora: Edições SM
Gênero: Literatura Juvenil

A autora, que venceu o Jabuti 2012 com outro título, conquistou também o 2º lugar com A Guardiã.

terça-feira, 9 de outubro de 2012

CARTA CAPITAL|DA NEUTRALIDADE

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Tenho de começar declarando que isto aqui é uma crônica, não um ensaio. Não estou, portanto, obrigado a citar minhas fontes ou fornecer uma bibliografia como certos textos de que, por sua natureza, exigem-se.

E, como cronista, afirmo que toda neutralidade é uma ingenuidade. Se alguém assiste a um marmanjão massacrando uma criancinha e se diz neutro, é difícil entender que ele está beneficiando o marmanjão? Usando a terminologia hegeliana, se não interfiro em um processo qualquer e me mantenho neutro (posição admitida como hipótese), estou reforçando a tese em luta contra a antítese. E não existe movimento que não seja em luta.
De umas leituras antigas me lembro de uma afirmação que me norteou a vida toda. A falácia da neutralidade esconde, sempre, um apoio implícito ao statu quo, isto é, a concordância, ou pelo menos a aceitação, da situação vigente.

sábado, 6 de outubro de 2012

E LA NAVE VÁ


SOBRE DOUTORES E NOVELÕES

 

Deve ser muito frustrante alguém passar anos e mais anos estudando a história e a teoria de determinada matéria, penetrando todas as fissuras de sua estética e, no final, produzir um texto que seja o resultado de tanto esforço para vê-lo perdido entre papéis velhos, recusado por editoras de algum relevo.

Dá pena, e me parece tratar-se de uma injustiça do mundo editorial.

O resultado dessa situação, geralmente, é uma visão amarga de tudo ou quase do que se publica. A inveja nunca fez bem a ninguém.

sexta-feira, 5 de outubro de 2012

AQUARELAS

Iluminura 10

Uma chuva miúda e comprida perfura com suas agulhadas a superfície crespa da piscina, que, solitária e fria, se oferece inteira, mas inutilmente como um traste velho.

sábado, 29 de setembro de 2012

ENTREVISTA NA VIVA LITERATURA - POR QUARTIM DE MORAES

Cena curta com Menalton Braff
“Permanecer no mercado é equilibrar-se com alto risco na orla de uma cratera”

A. P. Quartim de Moraes

Detalhe da entrevista

A carreira de escritor tem futuro no Brasil?
É a pergunta que todo aspirante a escritor se faz
constantemente. Feliz ou infelizmente não existe
resposta pronta nem manual de instruções para
orientar todos aqueles que anseiam pelo mapa
do tesouro.

Muitos chegam a desistir?
Deixar de escrever por não estar conseguindo publicar
Coluna de A. P. Quartim de Moraes


é a prova de que ter o nome na capa de um livro é
mais importante do que ter produzido arte literária.

Publicar o segundo livro é tão difícil quanto o primeiro?
Permanecer no mercado é equilibrar-se com alto risco na
orla de uma cratera. Muitas vezes, de fato, é mais fácil
publicar o primeiro livro do que o segundo. O mercado
editorial, que existe em função do lucro e sobrevive graças
a ele (e não se descobriu ainda fórmula diferente para a
manutenção de uma empresa capitalista), muitas vezes cai
no simplismo de afirmar que “livro bom é livro que vende”.
E o escriba de primeiro livro pode ser autor de um livro que
não vende. Ou vende mal. Vai descobrir então que pode ser
mais difícil conservar-se lá dentro do que entrar.

quinta-feira, 27 de setembro de 2012

POEMA INFANTIL (9)

Nas asas do vento

Descobrindo no céu azul
uma nuvenzinha branca
navegando alegre e franca
no sentido norte sul.

De longe decerto vinha,
da casa do nunca mais
nas asas dos vendavais
a garbosa nuvenzinha.