terça-feira, 30 de julho de 2019

INSTINTO DE NACIONALIDADE

Há quase dois meses, estamos publicando semanalmente fragmentos do texto "O Instinto de Nacionalidade – Notícia da atual literatura brasileira", de Machado de Assis. 

A ideia de divulgar esse texto partiu do próprio Menalton por considerá-lo fundamental para a formação de um escritor. Segundo ele, "a análise que Machado faz da literatura de seu tempo e os conceitos que emite são de enorme validade para os dias que correm - um texto que candidato algum à carreira literária pode desconhecer."

Hoje chegamos ao sétimo fragmento. Quem perdeu os seis primeiros  pode recuperá-los a seguir:

Fragmento 1
Fragmento 2
Fragmento 3
Fragmento 4
Fragmento 5
Fragmento 6


INSTINTO DE NACIONALIDADE - FRAGMENTO 7


O que se deve exigir do escritor antes de tudo, é certo sentimento íntimo, que o torne homem do seu tempo e do seu país, ainda quando trate de assuntos remotos no tempo e no espaço. Um notável crítico da França, analisando há tempos um escritor escocês, Masson, com muito acerto dizia que do mesmo modo que se podia ser bretão sem falar sempre do tojo, assim Masson era bem escocês, sem dizer palavra do cardo, e explicava o dito acrescentando que havia nele um scotticismo interior, diverso e melhor do que se fora apenas superficial. Estes e outros pontos cumpria à crítica estabelecê-los, se tivéssemos uma crítica doutrinária, ampla, elevada, correspondente ao que ela é em outros países. Não a temos. Há e tem havido escritos que tal nome merecem, mas raros, a espaços, sem a influência cotidiana e profunda que deveram exercer. P7

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