terça-feira, 27 de agosto de 2019

INSTINTO DE NACIONALIDADE

Chegamos ao décimo  primeiro fragmento do texto "O Instinto de Nacionalidade – Notícia da atual literatura brasileira", de Machado de Assis.

Por considera-lo fundamental para a formação de todo escritor, Menalton Braff decidiu publicá-lo aqui no blog.

Com o fim de facilitar a leitura, dividimos o texto em pequenos fragmentos que postamos às terças-feiras.  Quem perdeu os dez primeiros pode recuperá-los a seguir:


FRAGMENTO 11

Naturalmente exige da parte do escritor dotes não vulgares de observação, que, ainda em literaturas mais adiantadas, não andam a rodo nem são a partilha do maior número. As tendências morais do romance brasileiro são geralmente boas. Nem todos eles serão de princípio a fim irrepreensíveis; alguma coisa haverá que uma crítica austera poderia apontar e corrigir. Mas o tom geral é bom. Os livros de certa escola francesa, ainda que muito lidos entre nós, não contaminaram a literatura brasileira, nem sinto nela tendências para adotar as suas doutrinas, o que é já notável mérito. As obras de que falo, foram aqui bem-vindas e festejadas, como hóspedes, mas não se aliaram à família nem tomaram o governo da casa. Os nomes que principalmente seduzem a nossa mocidade são os do período romântico; os escritores que se vão buscar para fazer comparações com os nossos, — porque há aqui muito amor a essas comparações — são ainda aqueles com que o nosso espírito se educou, os Vítor Hugos, os Gautiers, os Mussets, os Gozlans, os Nervals. P11

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