terça-feira, 8 de outubro de 2019

INSTINTO DE NACIONALIDADE

Estamos no décimo-sétimo fragmento do texto "O Instinto de Nacionalidade – Notícia da atual literatura brasileira", de Machado de Assis", que começamos a postar semanalmente em junho último.

Menalton decidiu fazer a  publicação por considerar esse livro fundamental para a formação dos escritores. A divisão em fragmentos visa facilitar a absorção do conteúdo.

Caso você tenha perdido os fragmentos anteriores, não se preocupe. A seguir estão os links de acesso cada um deles para que você possa recuperá-los facilmente.

Fragmento 1  Fragmento 2  Fragmento 3  Fragmento 4 Fragmento 5  Fragmento 6  Fragmento 7  Fragmento 8 Fragmento 9  Fragmento 10  Fragmento 11  Fragmento 12  Fragmento 13  
Fragmento 14  Fragmento 15 Fragmento 16


FRAGMENTO 17


A escola a que aludo não exprimiria a idéia com tão simples meios, e faria mal, porque o
sublime é simples. Fora para desejar que ela versasse e meditasse longamente estes e outros
modelos que a literatura brasileira lhe oferece. Certo, não lhe falta, como disse, imaginação;
mas esta tem suas regras, o estro leis, e se há casos em que eles rompem as leis e as regras, é
porque as fazem novas, é porque se chamam Shakespeare, Dante, Goethe, Camões. Indiquei
os traços gerais. Há alguns defeitos peculiares a alguns livros, como por exemplo, a antítese,
creio que por imitação de Vítor Hugo. Nem por isso acho menos condenável o abuso de uma
figura que, se nas mãos do grande poeta produz grandes efeitos, não pode constituir objeto de
imitação, nem sobretudo elementos de escola. Há também uma parte da poesia que,
justamente preocupada com a cor local, cai muitas vezes numa funesta ilusão. P17

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